Como era a sexualidade na Idade Média?

A sexualidade humana sempre foi um dos temas mais abordados durante a história, inclusive em um dos períodos mais contraditórios: a idade média. De fato, muitos historiadores definem a Idade Média da Europa cristã como uma época de retrocesso social e cultural.

Desse modo, nesse período caracterizado pelo apogeu do Feudalismo, as doutrinas cristãs se instauram em todos os âmbitos da sociedade. Portanto, a igreja impõe uma visão teocêntrica do mundo, controlando então a vida cotidiana da sociedade, principalmente no que diz respeito ao sexo e a própria sexualidade.

Foram inúmeras as regras e as penitências sexuais que foram desenvolvidas naquele período. Sendo assim, nesse artigo mencionamos como a sexualidade se vivia naquela época e as suas consequências.

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O casamento

Na sociedade medieval o casamento se transformou em uma entidade imposta pela igreja e portanto o sexo tornou-se uma prática permitida apenas dentro do casamento. De fato, o sexo tinha a finalidade exclusiva da reprodução e a mulher tinha um papel pre determinado e submisso. Sendo assim, o pensamento medieval influenciado pela igreja considerava que o desejo sexual era uma espécie de doença.

sexo

Por essa razão castidade divulgava-se como um estilo de vida idôneo e o caminho mais correto na busca da salvação eterna. Nesse sentido, a virgindade era para a igreja o estado ideal para regressar a esse estado puro antes do pecado original. Em suma, o indivíduo que optava por não querer um relacionamento entendia-se como uma pessoa abençoada por deus e que haviam transcendido a sua natureza pecaminosa.

O que significava a fornicação na Idade Média?

Ao contrário do que se acreditava ser o caminho da salvação através da castidade, a fornicação era a prática do sexo fora do casamento. Dessa maneira, uma prática bastante estendida entre os homens com desejos sexuais era o que denominava: sangria. Ou seja, pequenos cortes superficiais nos quadríceps, já no caso das mulheres se recomendava uma lavativa de incenso na vagina.

sexo na idade média

Ademais, os atos sexuais contra a natureza eram para a igreja toda as ações sexuais que não tinham como objetivo a reprodução. Dentre algumas das práticas mais praticadas estavam a: zoofilia, homossexualidade e a masturbação.

A sexualidade das mulheres na Idade Média

A mulher na Idade Média era vista como uma extensão do homem e portanto apenas servia para servir os seus desejos. Por essa razão, Alberto Magno, uma importante figura teológica da época, considerava que os gêmeos eram o resultado de uma relação sexual muito prazerosa para a mulher.

Por certo, as mulheres medievais eram educadas para desempenhar papéis de submissão, como: o casamento, a sexualidade, a gestação, o parto e assim por diante. Em outras palavras, elas nunca tomavam a iniciativa sexual em um casamento e raramente iniciava uma relação sexual através de jogos eróticos. Em suma, a mulher medieval concebida para receber, reproduzir e aceitar o seu papel social.

Na idade Média o adultério era considerado um crime mortal

O adultério era considerado um delito muito grave, porém determinado pelo sexo provocado e quem o provocava. Sendo assim, tachado como uma desonra religiosa porque alterava a função esperada do casamento.

Entretanto, o adultério não se entendia da mesma maneira se quem o praticasse fosse um homem ou uma mulher. Assim, se o adultero era o homem, se entendia que havia sido seduzido ou que tinha amancebado. Porém, se quem o praticasse fosse uma mulher ela seria adultera imediatamente.